Métodos para tomar notas de estudo
Você sabe mesmo tomar notas daquilo que estuda? Tudo o que escreve se transforma num caos ilegível? Será possível aprimorar suas notas para lembrar de mais coisas? Confira no artigo de hoje os três melhores métodos para fazer anotações nos seus estudos!
Desde pequenos, aprendemos a dar uma grande importância às anotações do que aprendemos. Por isso as livrarias lotam de pais e crianças para comprar cadernos e mais cadernos. Também os adultos levam o hábito em diante, com seus caderninhos de nota dos modelos mais variáveis. Essa realidade pareça estar mudando pelo advento de uma tecnologia cada vez mais acessível a todos. Encontramos nos bancos universitários, cada vez mais, alunos tomando notas em seus notebooks. Outros, sacam o celular do bolso e tiram foto do quadro de conteúdos passados pelo professor.
E todos acessam alguma nuvem digital ou recebem por e-mail resumos, esquemas de aula, portfólios ou apresentações de slides. Mas será que abandonaremos por completo a escrita? Ou melhor, será que toda a praticidade da técnica traz também prejuízos ao aprendizado?
Não é o fim das anotações!
Eu sei, eu sei… pode parecer ultrapassado tomar notas de estudo , hoje em dia, sacar da bolsa um bloco de notas e uma caneta. Hoje usamos o celular para absolutamente tudo. Mas, de acordo com estudos de neurociência, a mecanização do ato de escrever à mão cria, em seu cérebro, um correspondente simbólico para o conteúdo que você está aprendendo.
Isso quer dizer que, assim como um estudante de violino aprende não somente com os ouvidos, mas também com a musculatura de suas mãos onde é cada nota de uma sequência musical, também todos nós criamos memória muscular ao escrever à mão.
Tomar notas de estudo à mão traz vários benefícios se você souber os métodos corretos que vamos ensinar. Fazer anotações mantém seu corpo ativo e envolvido e ajuda a evitar sentimentos de sonolência ou distração. É um antídoto para a preguiça.
Além disso, as notas de estudo também fazem com que você ouça atentamente, pois você precisará manter a mente alerta para decidir o que incluir e o que não incluir em seu caderno. Portanto, tomar nota te ajuda a organizar as informações, pois, ao anotar, você decidirá e destacará as idéias-chave que ouvirá. Assim, você identificará a estrutura de uma apresentação ou aula. Você também poderá indicar os pontos de apoio de uma apresentação, facilitando o estudo e a compreensão após a aula.
Essas anotações organizadas também facilitam a vinculação do aprendizado em sala de aula às leituras de livros didáticos ou da bibliografia de curso. Além disso, anotar o que você ouve te permite criar um registro resumido para estudo. Um conjunto de anotações concisas e bem organizadas de cada aula fornece o que você precisa para estudar, aprender e revisar depois da aula.
1– Sistema Cornell
O sistema Cornell (ou método Cornell) é um sistema para tomar, organizar e revisar notas de estudo que foi desenvolvido pelo Prof. Walter Pauk, da Universidade Cornell, na década de 1950. É muito simples e prático, por isso é bastante recomendado para se tomar notas durante as aulas. Numa simples folha de papel, você divide a página em 4 – ou às vezes apenas 3 – seções diferentes: duas colunas, uma área na parte inferior da página e uma área menor na parte superior da página.
A divisão oferece um esquema muito fácil de memorizar o conteúdo. isso porque todas as anotações dos tópicos principais da aula ou palestra que você está ouvindo vão para a coluna principal de anotações, no lado direito. A coluna menor no lado esquerdo é para perguntas sobre as notas que podem ser respondidas ao revisar e as palavras-chave. Além disso, o espaço serve também para comentários curtos que facilitam todo o processo de revisão e preparação para o exame. Ao revisar as notas, um breve resumo de cada página deve ser escrito na seção da parte inferior. Assim, o conteúdo de cada página será facilmente identificável.
Fonte: revista Galileu
2- Mapa de conceitos
Mapeamento, ou mapa de conceitos, é uma representação gráfica das informações apresentadas, que utiliza habilidades de compreensão / concentração e relaciona cada fator ou ideia aos demais, segundo certas familiaridades de conceitos. Esse formato pode ser usado em conjunto com o método Cornell ou como um guia de estudo, reescrevendo as anotações já feitas. Uma vantagem desse formato é que ele pode te ajudar a ter, visualmente, noção de como as informações estão conectadas.
Essa é a vantagem desse método sobre o método Cornell. Pode ser usado como guia de estudo, basta que você faça vários cartões de mapas conceituais enumerados de acordo com o desenvolvimento da matéria. Esses cartões de mapas podem ser fichas que você usará para finalizar o estudo, memorizando um por um.
Ou minutos antes de entrar para a prova, para te dar segurança e garantir à seu cérebro que você tem domínio daqueles conteúdos. É muito fácil estruturar um mapa conceitual. Basta colocar os conceitos principais e puxar setas para os sub-tópicos da matéria. Você pode usar canetas coloridas ou fluxogramas diversos. A ideia, aqui, é que quanto mais visual for a sua esquematização, mais ela se fixará em sua memória.
Esse método de esquemas mentais por meio de mapas de conceitos ajuda, sobretudo, a superar distrações. Isso porque, não importa quais sejam as distrações (barulhos, preocupações ou pessoas), você deve assumir a responsabilidade de se concentrar no que a aula oferece. Além disso, pegar os conceitos para anotá-los te ajuda a se concentrar em temas mais importantes. É um exercício imaginativo, pois ao fazer um mapa conceitual, você precisa imaginar que deve resumir as informações para apresentar a outras pessoas depois da aula. Logo, isso forçará você a decidir sobre as informações essenciais a serem repassadas.
3- Estrutura de Tópicos
O método de estruturar o conteúdo que você ouve em tópicos e subtópicos é talvez a forma mais comum de anotação usada por estudantes universitários ou quando o assunto é muito denso. Além disso, quando você realmente tem um profundo interesse por um tema, sua tendência é de anotar mais detalhes a respeito, pois mais coisas passam pelo seu crivo de seleção da importância dos temas tratados.
Assim, uma anotação em tópicos organiza naturalmente as informações de maneira lógica e altamente estruturada, formando um esqueleto do capítulo do livro ou do assunto da aula que serve como um excelente guia de estudo para você se preparar para os testes.
Esse método de notas de estudo é extremamente útil na maioria dos casos. No entanto, em aulas como matemática ou química, nas quais muitas fórmulas, gráficos ou estruturas devem ser desenhadas, o método de estrutura de tópicos deve ser substituído por um melhor sistema de anotações, como o mapa conceitual.
Além disso, estruturar um assunto em tópicos exige que você tenha maturidade de levar a sério o conteúdo, preparando-se, portanto, para a aula. Ou seja, lendo e revisando as anotações anteriores, assim, você estará bem preparado para receber e organizar novas informações que ouvir.