Ensino Médio vs Expectativas de Leitura na Faculdade
Pense em uma aula de história ou literatura no ensino médio. Essas foram provavelmente as aulas em que você leu mais. Você receberia um capítulo, ou algumas páginas de um capítulo, com a expectativa de que discutisse a tarefa de leitura em classe. Em aula, o professor orientaria você e seus colegas na revisão de sua leitura e faria perguntas para manter a discussão em andamento. O professor geralmente era uma parte fundamental de como você aprendia com a leitura.
Se você esteve ausente da escola por algum tempo, é provável que sua leitura tenha sido bastante casual. Embora o tempo gasto com uma revista ou jornal possa ser importante, não é o tipo de leitura concentrada que você fará na faculdade. E ninguém vai pedir para você escrever em resposta a uma matéria de revista que você leu ou questioná-lo sobre um artigo no jornal. Na faculdade, ler é muito diferente. Você deverá ler muito mais Para cada hora que você passa em sala de aula, espera-se que você gaste duas ou mais horas adicionais estudando entre as aulas, e a maior parte delas será lendo. As tarefas serão mais longas e muito mais difíceis.
Os autores dos livros escolares escrevem usando muitos termos técnicos e incluem ideias complexas. Muitos autores universitários incluem pesquisas, e alguns livros são escritos em um estilo que você pode achar muito árido. Você também terá que ler de uma variedade de fontes: seu livro-texto, materiais auxiliares, fontes primárias, periódicos acadêmicos, periódicos e publicações online. Suas tarefas nos cursos de literatura serão livros completos, possivelmente com tramas complicadas e palavras ou dialetos incomuns, e eles podem ter tantos personagens que você sentirá que precisa de um cartão de pontuação para mantê-los corretos.
Na faculdade, a maioria dos instrutores não passam muito tempo revisando a tarefa de leitura em classe. Em vez disso, eles esperam que você tenha feito a tarefa antes de vir para a aula e entendido o material. A palestra ou discussão em classe geralmente é baseada nessa expectativa. Os testes também. É por isso que a leitura ativa é tão importante – cabe a você fazer a leitura e compreender o que lê.
Tipos de Materiais de Leitura Universitária
Como estudante universitário, você acabará por escolher uma área de especialização ou foco de estudo. No entanto, mais ou menos no primeiro ano, você provavelmente terá que concluir as aulas ‘’essenciais’’ ou obrigatórias em diferentes disciplinas. Por exemplo, mesmo se você planeja se formar em inglês, ainda pode ter que fazer pelo menos uma aula de ciências, história e matemática. Essas diferentes disciplinas acadêmicas (e os instrutores que as ensinam) podem variar muito em termos de materiais que os alunos devem ler. Nem todas as leituras universitárias são iguais. Então, que tipos você pode esperar encontrar?
Livros Didáticos
Provavelmente, o material de leitura mais familiar na faculdade é o livro didático. Estes são livros acadêmicos, geralmente focados em uma disciplina, e seu objetivo principal é educar os leitores sobre um determinado assunto – ”Princípios de Álgebra’’, por exemplo, ou ‘’Introdução ao Negócios’’. Não é incomum que os instrutores usem um livro didático como texto principal para o curso inteiro. Os instrutores normalmente atribuem capítulos como leituras e também podem incluir problemas com palavras ou perguntas no livro.
Artigos
Os instrutores também podem atribuir artigos acadêmicos ou notícias. Os artigos acadêmicos são escritos por pessoas que se especializam em um determinado campo ou assunto, enquanto as notícias podem ser de jornais e revistas recentes. Por exemplo, em uma aula de ciências, você pode ser solicitado a ler um artigo acadêmico sobre os benefícios da preservação da floresta tropical, enquanto em uma aula de governo, pode ser solicitado que você leia um artigo resumindo um recente debate presidencial. Os instrutores podem fazer com que você leia os artigos online ou podem distribuir cópias em sala de aula ou eletronicamente.
A principal diferença entre notícias e artigos acadêmicos é o público-alvo da publicação. Os artigos de notícias são meios de comunicação de massa: são escritos para um público amplo e são publicados em revistas e jornais geralmente disponíveis para compra em supermercados ou livros. Eles também podem estar disponíveis online. Os artigos acadêmicos, por outro lado, são geralmente publicados em periódicos acadêmicos com circulação bastante pequena. Embora você não possa comprar edições individuais de periódicos da Barnes and Noble, as bibliotecas públicas e escolares disponibilizam essas edições de periódicos e artigos individuais. É comum acessar artigos acadêmicos por meio de bancos de dados online hospedados por bibliotecas.
Livros de Literatura e Não-Ficção
Os instrutores usam livros de literatura e não ficção em suas aulas para ensinar aos alunos diferentes gêneros, eventos, períodos de tempo e perspectivas. Por exemplo, um instrutor de história pode pedir que você leia O Diário de uma Garota, que viveu durante a Grande Depressão para que você possa aprender como era a vida naquela época. Em uma aula de inglês, o instrutor pode atribuir uma série de contos escritos durante a década de 1960 por diferentes autores americanos, para que você possa comparar estilos e questões temáticas.
A literatura inclui contos, romances ou novelas, histórias em quadrinhos, drama e poesia. Os trabalhos de não-ficção incluem não-ficção criativa – histórias narrativas contadas sobre a vida real – bem como histórias, biografias e materiais de referência. Livros didáticos e artigos acadêmicos são tipos específicos de não-ficção; muitas vezes seu propósito é instruir, enquanto outras formas de não-ficção são escritas para informar, persuadir ou entreter.
Objetivo da Leitura Acadêmica
A leitura casual em todos os gêneros, de livros e revistas a jornais e blogs, é algo que os alunos devem ser incentivados a fazer em seu tempo livre, porque pode ser educacional e divertido. Na faculdade, no entanto, os instrutores geralmente esperam que os alunos leiam recursos que têm valor particular no contexto de umcurso. Por que a leitura acadêmica é benéfica?
As informações vêm de fontes confiáveis: sites e blogs podem ser uma fonte de insights e informações, mas nem todos são úteis como recursos acadêmicos. Eles podem ser escritos por pessoas ou empresas cujo principal objetivo seja compartilhar uma opinião ou vender algo a você. Fontes acadêmicas, como livros-texto e artigos de periódicos acadêmicos, por outro lado, são geralmente escritas por especialistas na área e precisam passar por rigorosos requisitos de revisão por partes para serem publicados.
Aprenda como formar argumentos: Na maioria das aulas da faculdade, exceto para a criação de textos, quando os instrutores pedem que você escreva um artigo, eles esperam que seja um estilo argumentativo. Isso significa que o objetivo do artigo é pesquisar um tópicos e desenvolver um argumento sobre ele usando evidências e fatos para apoiar sua posição. Como muitas tarefas de leitura em faculdades (especialmente artigos de periódicos) são escritas em um estilo semelhante, você ganhará experiência estudando suas estratégias e aprendendo a imitá-las.
Exposição a diferentes pontos de vista: Um dos objetivos das leituras acadêmicas atribuidas é dar aos alunos exposição a diferentes pontos de vista e ideias. Por exemplo, em uma aula de ética, você pode ser solicitado a ler uma série de artigos escritos por profissionais médicos líderes religiosos que são pró-vida ou pró-escolha e considerar a validade de seus argumentos. Essa experiência pode ajudá-lo a lutar contra ideias e crenças de novas maneiras e desenvolver uma melhor compreensão de como as opiniões de outros diferentes das suas.
Aprendizagem Ativa ao Ler
Muitos instrutores conduzem suas aulas princpalmente por meio de palestras. A palestra continua sendo o formato de ensino mais difundido no campo do ensino superior.
Um dos motivos é que a palestra é uma forma eficiente de o instrutor controlar o conteúdo, a organização e o ritmo de uma apresentação, principalmente em um grupo grande. No entanto, existem desvantagens nesta abordagem de ‘’transferência de informação’’, em que o instrutor fala e os alunos ouvem em silêncio: o aluno tem dificuldade em prestar atenção do início ao fim: a mente divaga.
Além disso, pesquisas atuais de ciências cognitivas mostram que os alunos adultos precisam de uma oportunidade para praticar habilidades e conteúdos recém-introduzidos. As palestras podem definir o terreno para essa interação ou prática, mas as palestrar por si só não promovem o domínio do aluno. Embora os intrutores geralmente falem de 100 a 200 palavras por minuto, os alunos ouvem apenas 50 a 100 palavras.
Ademais, estudos mostram que os alunos retêm 70% do que ouviram durante os primeiros dez minutos de aula e apenas 20% do que ouviram durante os últimos dez minutos de aula.
Portanto, é especialmente importante que os alunos de cursos baseados em aulas expositivas se envolvam na aprendizagem ativa fora da sala de aula. Mas também é válido para outros tipos de cursos universitários – incluindo aquelas que oferecem oportunidades ativas de aprendizado em sala de aula.
Por quê?
Porque os estudantes universitários passam mais tempo trabalhando (e aprendendo) independentemente e menos tempo na sala de aula com o instrutor e seus colegas. Além disso, muitos dos cursos consistem em tarefas de leitura e escerita. Como essas atividades de aprendizagem podem ser ativas? A seguir, estratégias muito eficazes para ajudá-lo a se envolver mais e obter mais do que se pode aprender fora da sala de aula.
Escreva em seus livros: você pode sublinhar e circular os termos-chave ou escrever perguntas e comentários nas amrgens de seus livros. A escrita serve como um auxílio visual para estudar e torna mais fácil para você lembrar o que leu ou o que gostaria de discutir em aula. Se você está pegando um livro emprestado ou deseja manté-lo desmarcado para revendé-lo mais tarde, tente escrever palavras-chave e notas em post-its e colá-los nas páginas relevantas.
Anotar um texto: Anotações normalmente significam escrever um breve resumo de um texto e registrar as informações das obras citadas (título, autor, editora, etc.) Esta é uma ótima maneira de ‘’digerir’’ e avaliar as fontes que você está coletando para um artigo de pesquisa, mas também é inestimável para tarefas e textos mais curtos, uma vez que requer que voê pense ativamente e escreva sobre o que lê.
Criar mapas mentais: os mapas mentais são ferramentas visuais eficazes para os alunos, pois destacam os principais pontos de leituras ou aulas. Pense em um mapa mental como um esboço com mais gráficos do que palavras. Por exemplo, se uma estudante estivesse lendo um artigo sobre as primeiras-damas da América, ela poderia escrever ‘’Primeiras-damas’’ em um grande círculo no centro de um pedaço de papel. Conectadas ao círculo do meio estariam linhas ou setas levando a círculos menores com representações visuais das mulheres discutidas no artigo. Então, esses círculos podem ramificar-separa círculos ainda menores contendo os atributos de cada uma dessas mulheres.